Pesquisadores da Adapec e da UFT trabalham com a possibilidade de
intoxicação alimentar, mas não há, até agora, nenhuma conclusão
Weberson Dias
Araguaína-Correspondente – Jornal do Tocantins
A morte de equinos no Norte do Tocantins, supostamente provocada por intoxicação alimentar – conforme o Jornal do Tocantins noticiou, com exclusividade, no último dia 14 – continua sem solução. Pesquisadores da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) e da Universidade Federal do Tocantins (UFT) continuam debruçados sobre o problema, mas até agora não divulgaram nenhum laudo conclusivo. Enquanto isso, os criadores pedem socorro aos órgãos competentes.
Segundo o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de Araguaína – cidade localizada 400 quilômetros ao Norte de Palmas -, Hamilton Tomim Guimarães, que por sinal acaba de retornar de um debate que aconteceu no Mato Grosso do Sul sobre o assunto, o problema preocupa os pecuaristas de toda a região Amazônica. “É o que mostram os estudos de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA). Segundo eles, dentre os animais que contraem a doença, 30 a 40% morrem sem explicação”, comentou.
“Estamos entrando em contato com órgãos federais. Eu mesmo representei os produtores rurais de Araguaína e do Norte do Tocantins, para sensibilizar a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, informa Guimarães. O secretário foi pedir a liberação de recursos para pesquisa sobre o capim pânico, que supostamente seria o responsável pelo mal misterioso. Ele próprio teria perdido, só este ano, seis cavalos em sua propriedade, que fica no município de Carmolândia, 414 quilômetros ao Norte de Palmas. A Adapec informou que a visita à fazenda de Guimarães teria sido o primeiro atendimento desta semana.
A fazenda do secretário recebeu a equipe técnica da Adapec nesta quarta e detectaram que havia duas éguas da raça Mangalarga com sintomas da doença. Segundo ele, uma delas teria melhorado, mas o outro animal ainda está em recuperação.
Mortes
Até agora já morreram na região de Araguaína, de janeiro a maio deste ano, conforme a Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de Araguaína, mais de 100 cavalos. “Mas a doença não acomete apenas equinos. Está afetando também os bovinos”, lembra, citando um caso que teria acontecido em seu município.
Segundo informações colhidas por Guimarães no debate sobre a doença realizado no Mato Grosso do Sul, no Tocantins, 90% dos pastos são constituídos pelos capins mombaça, massai e tanzânia, onde, segundo os pesquisadores da Adapec e da UFT, se dá com maior frequência a doença. Todos eles são originários do Panicum maximum, ou seja, o colonião modificado. Geralmente, os casos ocorrem mais no período chuvoso.
A única recomendação que se tem até agora é uma nota técnica da Embrapa, que dá sugestões para prevenção da enfermidade. Segundo a nota, os cavalos, no período chuvoso, devem ser remanejados a pastagens alternativas, como a Brachiaria humidicola. Conforme a Adapec, a única solução ainda é a hidratação e a solução analgésica, já que o tratamento é sintomático. O professor da UFT, Marco Giannoccaro, continua as pesquisas sobre a doença, mas, por enquanto, sem novidades.
Cólicas terríveis
Os primeiros casos de cólicas em equídeos foram detectados ainda em 2001, apenas no bioma Amazônico, no caso do Brasil. Começaram pelo estado vizinho, o Pará, mas já se manifestaram em outras unidades da Federação, como Maranhão, Acre, Mato Grosso, Rondônia e, agora, no Tocantins. As dores são comuns 30 dias após serem colocados no pasto e a evolução para a morte do animal ocorre entre 9 e 12 horas, mas também pode acontecer após quatro dias. Segundo os pesquisadores da UFPA, os surtos de cólica são caracterizados por inquietação, sinais de dor como deitar e rolar no solo e, em alguns casos, refluxo. Após a necrópsia são detectados vermelhidão e úlceras no estômago do animal e mudança de cor do fígado e rins do cavalo.
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Na minha propriedade ja morreram 4 animais no perido de 9 mese. existe augum tratamento para esta doença.
Dorleans Lima, boa tarde. Obrigado pelo acesso, porém, não temos até o momento informação da descoberta da causa das mortes, porém acreditamos que estudos ainda estão sendo feitos para chegar a uma conclusão e repassar o problema aos pecuaristas. Ok? abraços.
ASCOM da Igreja.